17 junho, 2015

Futuro Eu

De vez em quando vemos vislumbres do futuro. Pequenas viagens da consciência aos anos que temos pela frente. 
Pela primeira vez enfrentei esta minha "condição" de dor crónica como quem enfrenta uma parede. Senti na pele aquilo que me espera quando tiver alguns anos a mais. Senti a dor que tem que ser controlada mas não "amaina". Senti a pressão do que é esperado de mim com uma "doença" que não se vê, que não se compreende. Ninguém sabe as dores dos outros.
Tenho tentado explicar o que estou a passar mas poucos são os que percebem uma dor que não se aguenta. Uma dor física, uma dor tão espalhada, que nem consegues apontar onde te dói. Parece que os meus ossos me rasgam a pele e o espírito pelo caminho.
Não consigo aceitar que a minha velhice seja assim. Não consigo aceitar que não haja nada a fazer sem me encharcar de comprimidos. 
Sempre resolvi os meus problemas e parece-me que este não consigo resolver. Ainda...

2 comentários:

  1. Espero que o aparelho de infra-vermelhos ajude! Não imagino o desespero que não deve ser viver em dor permanente.

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