A distância parece que aumenta quando estás cá. Quando estás fora, o nosso amor é maior, a distância mais pequena, o carinho real. Não sei explicar porquê.
O nosso amor é inconstante. Amo-te e não posso contigo. Estou farta e não aguento mais.
Olho para ti e apetece-me fazer-te uma festa. Dou-te um beijo. Dá-me um beijo, por favor?
Na balança, é mais o tempo que o desgaste faz mossa que aquele em que gostamos genuinamente um do outro. Gostas de estar comigo? Não sei. Se gosto de estar contigo? Quando, por segundos, pareces aquele por quem me apaixonei. Quando, à sexta à noite, nos sentamos para ver um filme. Nesse momento, parece que está tudo bem. Que somos nós.
Quando voltas, parece que desligámos. Tu esperas que eu continue a fazer tudo sozinho como se não estivesses. Isso é justo? O que é justo?
Eu sei que nunca estou satisfeita contigo. Mas porque parece que me estás a fazer um favor. Não me estás a fazer um favor. Os filhos são tão meus como teus. Lisboa só é longe para o carro. Também trabalho o dia inteiro. se calhar num trabalho mais desgastante que o teu, já pensaste?
Experimenta oferecer ajuda. Ninguém vai recusar. Diminui a distância que tu próprio provocas.
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