23 maio, 2013

Ridícula - Traço de Personalidade

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Sou um bocadinho ridícula.
Penso muito em inglês. Quando era miúda via muita televisão e foi assim que aprendi o meu inglês, que falo como falo português. Quando a Ana Gil, a prima da Suécia, estava por cá, falávamos e brincávamos em inglês para os outros não nos perceberem, e muitas vezes, para nos entendermos uma à outra. Na faculdade li muitas coisas em inglês, o que me dificultava os exames quando me faltavam as expressões em português. Até hoje, em horas de aperto, penso em inglês.
Funciono muito por estímulos visuais e auditivos. Mais uma vez, vi muita televisão quando era miúda. Sabia quando começavam os meus programas favoritos pelo som ou, se estivesse sem som, pela primeira imagem. Sou capaz de dizer o nome de um filme por uma pequena imagem ou reconhecer uma música pelos primeiros acordes.
Rio-me das piadas antes de acabarem e às vezes antes de começarem. Ponto comum? Vi muita televisão quando era miúda, conheço todo o tipo de argumentos escritos. Mas mais importante que isso, devorava livros. A minha imaginação não acabava. Não acaba. Quando a piada, ainda sem piada, começa, eu já vi o fim. Sou sempre a primeira a rir-me no cinema. A idiota que se ri sem razão, até que toda a gente acha graça.
Não como nada sem cheirar. Se o cheiro não agrada, não me interessa se parece visualmente o céu na terra. Na minha boca não entra.
Amanhã é outro dia. Lema de vida ensinado pela Scarlett. Scarlett O'Hara do "E Tudo O Vento Levou", o meu filme preferido de todos os tempos. Adivinhem onde o vi?

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