24 abril, 2016

Ser Feliz

Quando era miúda e me perguntavam o que queria ser, aquilo que me vinha ao pensamento era ser feliz...
Quando era miúda e fazia desejos à primeira estrela da noite ("primeira estrela que vejo, realiza o meu desejo") os meus primos desejavam coisas e eu desejava ser feliz...
Não faço ideia do que pensava ser a felicidade nessa altura, até porque era uma miúda muito feliz, mas era o que me vinha à cabeça... 
E nos anos seguintes, cada soprar de velas, cada estrela cadente, cada desejo de ano novo, era sempre esse o meu primeiro pensamento.
A uma certa altura, vi algo que me surpreendeu.
 Alguém disse que as pessoas têm o mau hábito de estabelecer para si objectivos inatingíveis. E ser feliz não é fácil, pois é um estado constante... Aquilo que nos faz sentir felicidade é sentirmos tristeza a contrabalançar...
Um dia, aprendi que estou feliz. Um dia aprendi que não faz mal estar triste. Não sou fraca ou menos evoluída que ninguém... Irei saborear essa felicidade com intensidade pois sei que, apesar de passageira, é real. 
Mas o engraçado, é que continua a ser o meu primeiro pensamento quando faço um desejo...
 Oh well, old habits die hard!...

15 abril, 2016

És Mesmo Totó

Sou boa pessoa. A sério, sou boa pessoa. 
Acredito, de coração que as outras pessoas também são boas (eu sei...)
Até descobrir que não!
Custa-me a acreditar que alguém faz maldades e provoca mal a outros intencionalmente... 
Não é que seja ingénua, sei o que são as pessoas, e já me fizeram mal o suficiente para saber que existem pessoas más, invejosas, de mau carácter e capazes de muito para conseguirem o que querem, mas como seria incapaz de ter esses tipos de pensamentos ou ter essas atitudes, custa-me aceitar que alguém me prejudique porque sim, seja mau porque sim.
Pensei muito sobre isto, e tentei perceber como, não sendo ingénua, continuo a acreditar que as pessoas são intrinsecamente boas...
 E chego à conclusão que não sou ingénua mas sim totó. 
Uma totó à séria, daqueles que quase prefere não ver a realidade para não ser mudada por ela.
As minhas amigas já me disseram que é verdade. Que na verdade não sabem como não aprendi já, com tudo o que já passei, e como consigo agarrar-me a esta ideia que as pessoas são boas.
As outras pessoas, as que me desiludiram, "atraiçoaram" ou simplesmente mostraram mau íntimo, passaram pela minha vida como uma tempestade: fizeram mossa mas não mudaram aquilo de que eu tenho mais orgulho,quem eu sou.
A  verdade é que as poucas que eu tenho a honra de ter como amigas são também aquelas que o meu instinto nunca pôs em causa, quem eu sempre soube serem boas pessoas, leais, verdadeiras e verdadeiras amigas.

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