O Puto é um puto fixe. Muito fixe até. Mas é torto. Torto e birrento. Irritantemente birrento.
Ontem deitou-se com uma grande birra. E, ao contrário da maioria das vezes, levantou-se ainda mais birrento. Com uma birra daquelas que nem conseguimos falar com ele. Ele chora aos gritos. Às 7 da manhã, depois de uma noite na minha cama a dar-me pontapés e a fazer birra, ele acorda, sorri para mim e começa a grunhir. Rio-me, brinco com ele, ele ri-se, e grunhe. Diz-me que quer ir para a sala, a choramingar. Eu preparo-o para ir para a sala fria e ele continua a choramingar. Sento-o, ligo a tv para ele ver os seus desenhos preferidos, e ele começa a chorar. A chorar aos berros. Tento falar com ele e continua a berrar. Tento argumentar, brincar, ser compreensiva, mas tenho um problema. Tenho pouca paciência para birras. Pouca paciência e acho que as birras não devem ser alimentadas com atenção. Vou para a cozinha preparar as marmitas do dia e ele vem atrás de mim. Aos berros. Agarra-se às minhas pernas para que lhe pegue ao colo. Aos berros. Passado 20m continua, enquanto eu acabo os preparativos do pequeno-almoço. Recusa-se a beber o leite que me pediu. Aos berros. Vou sentá-lo novamente na sala e vou-me despachar.
E ele lá fica distraído. De 15 em 20m lembra-se da birra e chora. O pai tenta amenizar a situação e ele continua a chorar e aumenta o tom.
Eu saio de casa e ainda se ouve o choro dele.
Como é que uma mãe consegue funcionar bem depois disto?
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