03 maio, 2010

"Dear T."

 Há pouco tempo, fruto do meu retiro forçado, vi o filme "Dear John" (que não sei o nome em português) com o Channing Tatum.
 Tirando o facto deste homem ser uma completa perdição, como qualquer filme baseado em livros do Nicholas Sparks, chorei baba e ranho em 3/4 do filme.
 Uma das razões é porque, não tirando o mérito ao autor, o filme é daqueles para vermos com um pacote de Kleenex's ao lado.
 Outra das razões é o facto de, como muitas situações na vida, faz-nos encarar a nossa própria vida de outro modo. Para mim, que sou uma romântica incurável, adorei o filme, mas de repente comecei a pensar que este olhar de homem que não aguenta estar longe de ti é raro.
 Não sei se espero realmente que o T. tenha esse olhar sempre que olha para mim mas até gostava que olhasse assim às vezes. Sinto falta de um olhar que me diga: amo-te profundamente, acho-te linda, não te resisto, tenho saudades tuas.
 Em vez disso tenho o ocasional olhar: tens um enorme rabo e eu gosto disso, a tua filha é linda, usaste o cartão de crédito outra vez, tu és uma chata e, o menos ocasional, deixa-me dormir...
 Ok, eu sei que a vida não é um romance mas um amo-te ocasional cai sempre bem...
 E não quero dizê-lo sempre eu...
 Tenho que deixar de ver estes filmes de amor lamechas...
 Só por isso fui ver o "The Hangover" e fartei-me de rir... Mesmo assim deixei de ver a meio só porque sei que o T. havia de gostar de ver e esperei para vê-lo com ele. Também se diz amo-te de outras maneiras, rapazes... A diferença está nas coisas pequenas, aprendam, homens...

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