24 agosto, 2014

Estou de Férias...

... Mas sinto-as escapar por entre os meus dedos. Comecei a semana doente, muito doente. Não comi durante dois dias, passei a líquidos durante 3 dias, e continuava sem voz. Sempre em casa, enquanto os outros e os meus pequenos iam para a praia e para a piscina, e eu já nem tinha fome ou vontade de fazer o que quer que fosse. No dia seguinte comecei a ir um bocadinho à praia e consegui jantar bolonhesa.
No dia seguinte consegui comer uma bola de Berlim, e ainda dizem que a felicidade total não existe...

14 agosto, 2014

As Primas da Suécia...

Temos estado sempre juntas à distância...
Quando éramos mais novas, as mais velhas ansiavam pelas visitas e andavam sempre juntas. Crescemos, vidas ocupadas, família... É difícil voltar atrás, é difícil voltarmos a ser aquelas pessoas que se divertiam até às tantas, que conversavam até às tantas... Mudámos. 
Depois encontrei uma nova relação com a mais nova. Fizemos amizade. Procuramos uma pela outra mesmo longe. Falamos de tudo. Passeamos, fazemos tudo para estar juntas. É uma amizade para além da família. Somos mais parecidas do que pensei. Sinto falta dela quando não está cá.
(Fotos tiradas pela Tânia Afonso numa sessão tão especial que nem tenho palavras. Estas talvez não sejam as fotos perfeitas, mas são as que mostram como somos realmente quando estamos juntas.)

13 agosto, 2014

11 agosto, 2014

4 Anos

Pascal Campion 
4 anos de sorrisos, gargalhadas, mimos e birras. Rapaz difícil, teimoso, tinhoso, mas meigo, fixe, tão querido, tão fofo, com um humor refinado para uma criança tão pequena. Inteligente e kamikaze, é tão mãe como pai. É guloso, muito guloso, e obcecado com jogos no tablet e telemóvel. Desiludido por não ter recebido um tablet só para ele, não se interessou particularmente com a bicicleta que lhe oferecemos e preferiu o livro de colorir. Não quis ir ao cinema porque naquele dia era ele que mandava. Mas ficou satisfeito com a pista de carros, principalmente ao vê-los voar.
 Fala à "belhelhas" e ainda não consegue dizer os R, mas começa agora a corrigir-se a si próprio. É tão diferente da irmã como a noite para o dia, mas tem uma paixão por ela que, como em todos, se transforma em frustração e irritação quando não consegue dela o que quer.
É torto, tão torto, que só aceita as coisas como quer e não é convencido nem facilmente demovido dessas ideias fixas. Mas é uma criança muito alegre, de sorriso aberto, de brincadeira constante, de gritos de piratas e guerreiros, de corridas, de jogos de bola, de canções espontâneas, de danças enquanto espera nas lojas...
São 4 anos. Difíceis mas felizes.

Para o Puto - "Braxton"

07 agosto, 2014

Já Não Sei O Que Dizer...

Já não aguento trabalhar com ela, o desrespeito pelos doentes e por mim, sempre com um ar querido e simpático, mas sempre que pode a fo#+%-me à grande e à francesa. Balança-me, perturba-me, já ultrapassei a irritação! E o ter que ser bem educada, sempre com este sapo, crocodilo, dinossauro, na garganta, no peito um peso, um nó no estômago. Isto faz-me mal. Mal, mal. E não consigo ultrapassar, ser indiferente. É mais forte que eu.

05 agosto, 2014

Há Dias Assim

Se o Chá Resolvesse...

Este ano faço 38 anos (engulo em seco vinte vezes e sinto um nó tão grande... tão grande...) e sinto que para mim está a acabar.
A atitude é minha. Sempre.
Acho que já não vou mudar. Não tenho coragem. A vida consome-me em merdas tão interessantes como as que têm que ser feitas e pagas ao final do mês. Aquelas que não há volta a dar e têm mesmo que ser garantidas.
E assim passou mais um ano. Eu desperdicei mais um ano. Por pura cobardia e por puro sentido de responsabilidade. Porque tenho quem conte comigo.
Vejo tanta gente a apregoar que mudar é assim com clicks e wake up calls... e eu duvido. De mim. Sobretudo.
O pior é lidar com a frustração. Não fosse essa velhaca e estava tudo bem e empurrava-se com a barriga.
(...) Porque este trabalho é o que é. Não é o que eu gosto. É o que ainda me permite ganhar dinheiro e pagar contas. E levar esta vida com a barriga. O pior é a frustração. Essa velhaca.
Ai gente, é o tempo a passar e ver que que o que vai ficando para trás não é sequer digno de nota... 38... dasssssssssse!
Opá isto hoje está do pior... desculpem o desabafo, o expurgo de cenas menos agradáveis...
Sabem? Sentem este vazio? Têm alguma receita de chás de ervas para ganhar coragem? Sabem para onde posso ligar a encomendar sumaúma da alma?

Se isto é condição dos quase 38, não sei, mas o sentimento é mútuo. A impotência, a frustração, o sentido de dever e a cobardia estão presentes no dia-a-dia como todas as outras tarefas. Falta sempre qualquer coisa porque falta-me a coragem o que quer que seja necessário para mudar a vida para fazer o que gosto. Não é que não seja feliz. Na verdade, é. Não sou feliz. Tenho momentos felizes. Muitos. Mas fica sempre lá aquela insatisfação de que devia ser mais feliz, mais realizada. E o que sinto agora, a rapariga que contava os meses, os dias, para o seu aniversário, é que desperdiço os dias, os meses, os anos, e falta sempre alguma coisa.
E não é por falta de chá.

Ainda o Dia Está a Começar


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